segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O QUE SÃO E COMO TRATAR AS DOENÇAS OCUPACIONAIS

O QUE SÃO E COMO TRATAR AS DOENÇAS OCUPACIONAIS


As doenças ocupacionais são decorrentes da exposição do trabalhador aos riscos da atividade que desenvolve. Podem causar afastamentos temporários, repetitivos e até definitivos. A maior incidência destas doenças ocorre na faixa dos 30 aos 40 anos, prejudicando a produtividade do trabalhador e podendo interromper sua carreira e desestabilizar a sua vida. As doenças ocupacionais são causadas ou agravadas por determinadas atividades.

O importante é a prevenção!

Ela pode evitar que tanto os tralhadores como os empresários se prejudiquem com as consequências das doenças ocupacionais. A recuperação pode ser demorada e cara.


AS POSSÍVEIS CAUSAS DO PROBLEMA
- agentes físicos (ruído, temperatura, vibrações e radiações)
- agentes químicos (utilizados nas indústrias, podem causar danos à saúde)
- agentes biológicos (microorganismos como bactérias, vírus e fungos)


COMO DIAGNOSTICAR O PROBLEMA
Exame físico, ocupacional e complementares, conforme critérios médicos.


AS DOENÇAS OCUPACIONAIS MAIS COMUNS
São:

Doenças das vias aéreas
Alguns exemplos são as pneumoconioses causadas pela poeira da sílica (silicose) e do asbesto (asbestose), além da asma ocupacional. Substâncias agressivas inaladas no ambiente de trabalho se depositam nos pulmões, provocando falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros e lacrimejamento.

Perda auditiva relacionada ao trabalho (PAIR)
Diminuição gradual da audição decorrente da exposição contínua a níveis elevados de ruídos. Além da perda auditiva, outra alterações importantes podem prejudicar a qualidade de vida do trabalhador.

Intoxicações exógenas
Podem ser causadas por:
- agrotóxicos: os pesticidas (defensivos agrícolas) provocam grandes danos à saúde e ao meio ambiente
- chumbo (saturnismo): a exposição contínua ao chumbo, presente em fundições e refinarias, provoca, a longo prazo, um tipo de intoxicação que varia de intensidade de acordo com as condições do ambiente (umidade e ventilação), tempo de exposição e fatores individuais (idade e condições físicas)
- mercúrio (hidrargirismo): o contato com a substância se dá por meio da inalação, absorção cutânea ou via oral da substância; ocorre com trabalhadores que lidam com extração do mineral ou fabricação de tintas
- solventes orgânicos (benzenismo): por serem tóxicos e agressivos, podem contaminar trabalhadores de refinarias de petróleo e indústrias de transformação


LER E DORT - LESÃO PPR ESFORÇO REPETITIVO/DISTÚRBIO OSTEOMUSCULAR RELACIONADO AO TRABALHO
Conjunto de doenças que atingem principalmente os músculos, tendões e nervos. O problema é decorrente do trabalho com movimentos repetitivos, esforço excessivo, má postura e estresse, entre outros.


DERMATOSES OCUPACIONAIS
Também conhecidas como dermatites de contato, são alterações da pele e das mucosas causadas, mantidas ou agravadas, direta ou indiretamente, por determinadas atividades profissionais. São provocadas por agentes químicos e podem ocasionar irritação ou até mesmo alergia.

O estresse e o excesso de trabalho podem variar desde mudanças no humor, ansiedade, irritabilidade e descontrole emocional até doenças psíquicas. Geralmente, o estresse é causado por sobrecarga de tarefas e ausência de pausas para descanso e exercícios físicos. Ativar os músculos com exercícios diários, mesmo os de relaxamento, é um bom começo para se livrar do estresse. Durante os exercícios, inspire o ar pelo nariz e solte pela boca, sentindo o oxigênio descer e o gás carbônico subir.


A AJUDA DA ERGONOMIA
Ciência que estuda as relações entre o homem, seu trabalho, equipamentos e meio ambiente, a Ergonomia previne o surgimento de doenças ocupacionais durante o processo de produção de atividades. O objetivo é a adaptação do posto de trabalho, instrumentos, máquinas, horários e meio ambiente às exigências da função.
Ela facilita o desenvolvimento e o rendimento das atividades de trabalho.

Mas como adaptar a ergonomia ao ambiente de trabalho?

Todos devem aprender a identificar os sinais do próprio corpo para perceber o início de qualquer desconforto, procurando, assim, adaptar as técnicas da ergonomia ao seu local de trabalho.

Sintomas mais comuns, e que requerem a procura por um médico:

- cansaço excessivo
- desconforto após a jornada de trabalho
- inchaço
- formigamento dos pés e das mãos
- sensação de choque nas mãos
- dor nas mãos
- perda dos movimentos da mão

Cuide de sua qualidade de vida, procurando manter um melhor equlíbrio entre corpo e mente. Faça exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana, tenha uma dieta balanceada e saudável e procure formas de lazer alternativas, que amenizem o estresse do dia-a-dia.


COMO PREVENIR AS DOENÇAS OCUPACIONAIS


Conforto é essencial para a prevenção.

As operações de trabalho devem estar ao alcance das mãos.

As máquinas devem se posicionar de forma que a pessoa não tenha que se curvar ou torcer o tronco para pegar ou utilizar ferramentas com frequência.

A mesa deve estar posicionada de acordo com a altura de cada pessoa e ter espaço para a movimentação das pernas.

As cadeiras devem ter altura para que haja apoio dos pés, formato anatômico para o quadril e encosto ajustável.

Pausas durante a realização das tarefas permite um alívio para os músculos mais ativos.

Durante estas pausas, se levante e caminhe um pouco. Se possível, faça exercícios de alongamento.

Fonte :
Elisabete Fernandes Almeida é escritora e editora médica, com especialização em Projetos de Educação Médica Continuada.
É presidente da Latin-Med Editora Médica, editora médica da Conexão Médica, diretora do departamento de Educação Médica para Leigos da Associação Paulista de Medicina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou eu

Joinville, Santa Catarina, Brazil
Por Ricardo Toscano, Cirurgião-Dentista graduado pela Unifal, especialista em odontologia do trabalho pela UFSC, mestre em odontologia area de concentraçao em implantodontia cirurgica/protetica pelo Instituto latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontologico,reabilitador oral clinico. Responsável técnico pelo Instituto Odontologico Toscano. Notícias,ferramentas e artigos na área de Reabilitação Oral com ênfase na interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.