sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Dentes Saúde bucal indica qualidade de vida

Dentes
Saúde bucal indica qualidade de vida, comprova estudo

A qualidade de vida das pessoas está diretamente ligada ao estado de
saúde, tanto das articulações como dos órgãos internos, assim como das
condições da saúde bucal. Isso é tão mais verdadeiro quando se trata
de pessoas idosas, acima de 65 anos de idade. Esse grupo etário se
queixa que a falta de dentes dificulta a mastigação e, por isso, a
alimentação fica também limitada a alimentos líquidos ou semi-sólidos.
Outra queixa é a secura na boca, que pode estar ligada a inúmeros
problemas da área digestiva.
D.Locker e colaboradores, dentistas da Universidade de Toronto,
Canadá, estudaram 225 pessoas, com uma média de idade de 83 anos e que
viviam em casas de forma não independente e foram submetidos a dois
testes: Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI) e uma forma
abreviada do Oral Health Impact Profile (OHIP-14) - esse último teste
avaliava o nível de estresse e satisfação com a vida.
Um terço dos entrevistados considerou o nível de saúde bucal médio ou
mau e 20% o considerou muito inadequado. Aplicado o GOHAI, 53%
relataram problemas sociais e psicológicos devido aos dentes e com o
OHIP-14 somente 17% tinham essas condições. Os autores concluem que
esses testes medem adequadamente a qualidade de vida ligada a área
bucal e mesmo os mais idosos conseguem avaliar corretamente essa
deficiência.
No Brasil, Silvio R. C. da Silva e colaboradores, da Odontologia
Social, da Faculdade de Odontologia de Araraquara, da Universidade
Estadual Paulista, estudam a autopercepção das condições de saúde
bucal por idosos. Participaram do estudo 201 pessoas, dentadas, com 60
anos ou mais, funcionalmente independentes, que freqüentavam um centro
de saúde local
No estudo, foi aplicado questionário e o índice Geriatric Oral Health
Assessment Index (GOHAI), além de um exame clinico. O exame clínico
revelou grande prevalência das principais doenças bucais, apesar de
42,7% das pessoas avaliarem sua condição bucal como regular. Os
autores concluem que a percepção da saúde bucal teve pouca influência
nas condições clínicas, mostrando ser necessário desenvolver ações
preventivas e educativas para a população de idosos.
Fonte: São Paulo/ Agências
cidades@ilustrado.com.br

nanopartículas na comida representam um risco à saúde?

Um novo estudo revela que nanopartículas estão sendo usadas em tudo,
de cerveja a bebidas para bebês, apesar da falta de informações sobre
sua segurança
por David Biello

Plástico permeado com nanopartículas ajuda a tornar as garrafas de
cerveja da Miller Brewing Co. menos propensas a quebrar, ao mesmo
tempo que amplia o período de durabilidade da cerveja na fase de
armazenamento. A mistura de bebida nutricional Toddler Health, da
Simply H, inclui 300-nanômetros (300 bilionésimos de metro) de
partículas de ferro. E uma ampla variedade de itens de cozinha e
limpeza agora emprega partículas de prata de tamanho nano para matar
micróbios.

No entanto, o grupo ambiental Friends of Earth (FoE) [em português
Amigos da Terra] sediado em Washington, relata que nenhum dos mais de
100 produtos de comida ou relacionados a comida em que eles
identificaram a presença de nanopartículas - partículas minúsculas
entre 100 e um nanômetros - tem um aviso no rótulo ou passou por algum
tipo de teste de segurança realizado por agências governamentais.

"Produtos criados com o uso de nanotecnologia entraram na cadeia
alimentar", diz o autor do relatório, Ian Illuminato, lobista de saúde
e ambiente do FoE. "Estudos preliminares indicam que há um sério
risco. [...] Temos de saber o que é seguro antes de colocarmos em
nossa comida."

O relatório se apóia em vários estudos feitos nos últimos anos segundo
os quais algumas nanopartículas podem causar danos. Um estudo de 2005
publicado na Environmental Science & Technology mostrou que
nanopartículas de óxido de zinco eram tóxicas para células do pulmão
humanas em testes de laboratório mesmo em baixas concentrações. Outros
estudos mostraram que partículas de prata minúsculas (15 nanômetros)
mataram células do fígado e do cérebro de ratos. "Elas são mais
reativas quimicamente e mais bioativas", por causa do seu tamanho, que
lhes permite penetrar com facilidade em órgãos e células, afirma
Illuminato. "Os produtos devem ao menos ser rotulados para que os
consumidores possam escolher se querem fazer parte desse experimento".
O FoE diz que está provavelmente subestimando o número de alimentos e
produtos alimentícios que contêm as minúsculas partículas, porque eles
dependem de relatórios das próprias empresas e de uma lista de 600
produtos de nanotecnologia compilados pelo Woodrow Wilson
International Center for Scholars (instituição de pesquisa criada pelo
Congresso em 1968 para promover as associações entre estudiosos e
políticos) como parte de seu projeto para estudar as implicações da
nanotecnologia.

O grupo ambiental declara que o governo dos Estados Unidos não foi
capaz de proteger consumidores dos perigos potenciais das
nanopartículas e exige uma proibição de seu uso em alimentos e
produtos relacionados, até que elas tenham sido testadas a fundo para
eliminar a possibilidade de riscos à saúde.

Hoje em dia a Food and Drug Administration (FDA, a agência de controle
de alimentos e remédios dos Estados Unidos) não exige especificamente
provas de que nanopartículas sejam seguras, mas determina que os
fabricantes forneçam testes capazes de comprovar que os produtos
alimentícios que as utilizam -seja cerveja ou comida para bebês - não
são nocivos. "A indústria terá de arcar com o ônus de demonstrar a
segurança do material sob as condições de uso para as quais ele é
concebido", diz Christopher Kelly, porta-voz da FDA. "Versões de
nanopartículas de materiais [aprovados pela FDA] podem muito bem ser
novos materiais" que irão exigir novas investigações, "e isso será
considerado caso por caso".

Até o momento, há poucos estudos dos meios científicos, da indústria
ou do governo publicados sobre os impactos ambientais e sobre a saúde
das nanopartículas. Para complicar ainda mais a questão há o fato de
que as nanopartículas estão presentes no suprimento de comida há anos.
"Nanopartículas estão nos produtos alimentícios há décadas, nós apenas
nunca percebemos que elas estavam lá", diz o físico Andrew Maynard,
conselheiro científico chefe do projeto Wilson Center. "Precisamos
entender melhor como o nano pode ser benigno em alimentos, mas também
onde se encontram os perigos".
Por exemplo, ainda não está claro se as nanopartículas usadas no
empacotamento de alimentos podem migrar ou se infiltrar na comida ou
bebida. E se desconhece completamente que impacto uma ampla variedade
dessas nanopartículas pode ter na saúde humana.

Várias agências governamentais, incluindo a FDA e Environmental
Protection Agency (EPA, Agência de Proteção Ambiental), mostraram
interesse em nanotecnologia. No ano passado, o governo dos Estados
Unidos gastou mais de US$ 1,4 bilhão em pesquisas sobre nanotecnologia
como parte da Iniciativa Nacional de Nanotecnologia, um esforço
conjunto de 25 agências federais que investigam ganhos e os perigos
potenciais da tecnologia emergente. Dessa quantia, aproximadamente US$
40 milhões foram destinados à pesquisa de saúde e segurança (uma
quantia que deverá quase dobrar, chegando a US$ 76 milhões no
orçamento proposto do ano fiscal de 2009).

A FDA não pode fornecer dados sobre quanto gasta para avaliar a
segurança de nanopartículas.

A EPA recebeu US$ 8,6 milhões desses US$ 40 milhões, dos quais cerca
de US$ 3 milhões foram direto para laboratórios para a pesquisa dos
riscos potenciais à saúde e ao meio ambiente, de acordo com Jim
Willis, diretor da Divisão de Controle de Substâncias Químicas da EPA.
A EPA e suas contrapartes no Canadá, Europa, Ásia e Austrália também
começaram em fevereiro um estudo de três anos sobre os efeitos de 14
nanomateriais - incluindo prata, ferro e outras nanopartículas
elementares bem como nanotubos e nanobolas de carbono. "Quando
tivermos os resultados da primeira fase, iremos considerar a idéia de
passar para testes mais aprofundados em alguns desses nanomateriais ou
talvez em algum outro", diz Willis, acrescentando que qualquer nova
substância química para aprovação que contenha 10% ou mais de
elementos de tamanho nano recebe atenção especial dos avaliadores da
EPA. "Nós vimos cerca de 30 nos últimos três anos", diz ele.

Em 2006, a EPA começou a regulamentar o uso de nanoprata como um
pesticida dentro da Lei Federal de Inseticidas, Fungicidas e
Rodenticidas. Como resultado, empresas que utilizam essas partículas
de nanoprata (como um antimicrobiano numa vasta gama de mercadorias
que vão de computadores a panelas) precisam registrá-las como
pesticidas. Em março deste ano, a agência multou a fabricante de
equipamentos Iogerar, de Irvine, Califórnia, em US$ 200.000 por ter
deixado de registrar a nanoprata antimicrobiana em alguns de seus
teclados sem fio e mouses.

Em janeiro a agência também pediu a empresas que usam nanopartículas
para começar a fornecer resultados voluntariamente de quaisquer
estudos de saúde e segurança que tivessem realizado. Willis diz que a
EPA irá avaliar a resposta das empresas para determinar se o
atendimento voluntário a essa solicitação é suficiente para essa
temporada de calor nos Estados Unidos.

O Friends of Earth insiste que a obediência a esses relatórios deveria
ser obrigatória, dados os riscos potenciais. O grupo lobista também
diz que a definição do que constitui uma partícula de tamanho nano
deve incluir qualquer coisa com 300 nanômetros ou menos. Porém
Maynard, do Wilson Center, salienta que é o efeito e não o tamanho que
tem importância.

"Tudo se resume à necessidade de mais pesquisas. Nós não podemos andar
às cegas aqui. Precisamos saber o que está acontecendo", insiste
Maynard. "Não há evidências concretas de que nanomateriais em produtos
no mercado irão ser nocivos a humanos ou ao meio ambiente, mas há
evidências suficientes para se afirmar que precisamos reexaminar
isso".
Fonte: © Duetto Editorial. Todos os direitos reservados.

Mutilação dentária: concepções de trabalhadores rurais sobre a responsabilidade pela perda dentária

Mutilação dentária: concepções de trabalhadores rurais sobre a responsabilidade pela perda dentária

Teresa Cristina Mendonça

Resumo O desdentamento no Brasil é uma prática instituída pelas instâncias de Saúde Bucal como cuidado sanitário. Este artigo apresenta a questão da perda de dentes, investigada em uma área rural de um município da Bahia, localizado no polígono das secas. A autora examina o desdentamento como fato corriqueiro entre os membros desse segmento rural, apoiada no discurso como elemento básico de informação. Seu objetivo principal é analisar as representações sobre a boca, reveladas a partir das experiências individuais, assim como as associações feitas pelos atores sobre práticas corporais (bucais), decorrentes da realidade social onde eles se encontram imersos, sendo a partir daí colocada a responsabilidade individual da perda dentária, assim como a do Estado e a dos praticantes da Odontologia.

Fonte:cadernos de saude 2009 Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz

Saúde do trabalhador e a atenção odontológica: entre um novo modelo de atenção e a superespecialização

Alex Elias LamasI; Vera Lúcia Guimarães BlankII; Maria Cristina Marino CalvoIII

RESUMO

Suplantar práticas e conceitos incoerentes com as propostas construídas no campo da saúde nas últimas décadas no País é um embate a ser travado pelos serviços de saúde que prestam assistência aos trabalhadores. Este trabalho discute a atuação profissional do cirurgião-dentista e contextualiza o reconhecimento e a regulamentação da nova especialidade da Odontologia do Trabalho, a partir de uma revisão da história das políticas públicas em saúde e da evolução dos conceitos de atenção à saúde do trabalhador. A própria discussão em torno da regulamentação da especialidade da Odontologia do Trabalho reverbera toda uma histórica incompatibilidade entre a racionalidade liberal e a criação de um novo modelo de atenção à saúde do trabalhador. Uma intervenção atenta às conquistas históricas registradas no arcabouço jurídico-institucional que compreenda as especificidades da re-estruturação produtiva no perfil epidemiológico do trabalhador deve fazer parte da construção desta especialidade e das práticas nesta linha de cuidado.

Fonte: Saúde e Sociedade 2009
Saúde do trabalhador; Odontologia do trabalho; Formação de recursos humanos.

O impacto odontológico no desempenho diário dos trabalhadores do departamento municipal de limpeza urbana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Andréa Silveira Gomes; Claides Abegg

Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil



RESUMO O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência do impacto bucal no desempenho diário em adultos brasileiros. Uma amostra representativa, composta por 276 funcionários do Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, entre 35 e 44 anos, responderam a entrevista e permitiram a realização do exame clínico. O Oral Impacts on Daily Performances (OIDP) foi utilizado para avaliar o impacto bucal no desempenho diário. Do total de participantes, 73,6% tiveram pelo menos um desempenho diário afetado por problemas odontológicos nos últimos seis meses. O mais afetado foi comer e apreciar a comida (48,6%). O desconforto (40,6%) e a insatisfação com a aparência (31,5%) foram os sintomas mais prevalentes. A falta de dentes (21,7%) e a dor de dente (20,7%) foram as principais causas percebidas de impacto no desempenho diário. O OIDP mostrou-se útil para avaliar os impactos odontológicos nas dimensões físicas, psicológicas e sociais do desempenho diário.
Fonte:cadernos de saúde pública

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Odontologia do trabalho: Implantação da atenção em saúde bucal do trabalhador

Odontologia do trabalho: Implantação da
atenção em saúde bucal do trabalhador

Eduardo Pizzatto*, Cléa Adas Saliba Garbin**

Resumo

Vários fatores interagem determinando o nível de saúde de uma população,
entre eles, a relação entre o grau de desenvolvimento do país e as condições de
trabalho de seu povo. O presente trabalho tem por objetivo efetuar uma análise
dos tópicos de maior pertinência no que concerne a implantação de programas
de atenção odontológica voltados aos trabalhadores. Com base na revisão da
literatura, inúmeras justificativas podem ser relacionadas em defesa da
implantação de serviços odontológicos destinados ao segmento dos trabalhadores.
Contudo, o primeiro princípio a ser observado quando da implantação de um
programa de saúde nas empresas, é que este deve visar a melhora das condições
de saúde do trabalhador, pautado em princípios éticos e humanísticos, respeitando
sua condição de ser humano, e não simplesmente como peças de um mecanismo
de produção. Desta forma, a implantação de um programa de atenção em saúde
bucal voltado ao trabalhador deve ter como objetivo principal a promoção,
proteção, recuperação e reabilitação da saúde bucal deste trabalhador,
contribuindo assim para uma melhora em sua qualidade de vida.
Fonte :Odontologia. Clín.-Científ., Recife, 5 (2): 99-102, abr/jun., 2006
www.cro-pe.org.br

OS SERVIÇOS DE SAÚDE E O MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO

OS SERVIÇOS DE SAÚDE E O MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO

RESUMO
Saúde e meio ambiente ecologicamente equilibrado são direitos de todos e dever do Estado e da coletividade, como determina a Constituição Federal. São interdependentes e reciprocamente causa e efeito. Os serviços de saúde têm por finalidade a melhoria das condições de vida de uma população, que também dependem do equilíbrio ecológico do meio ambiente, que é fator essencial à sadia qualidade de vida. Os serviços de saúde têm a atribuição, conferida por lei, de realizar a Vigilância Epidemiológica e a Vigilância em Saúde Ambiental, com o dever de, na condição de coletividade e de agente da atividade econômica, defender e preservar o meio ambiente ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras gerações, mediante vinculação do seu crescimento econômico ao compromisso de cumprir a legislação pertinente e à concepção do desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade dos serviços de saúde consiste na rigorosa observância da legislação sanitária, no que tange ao ambiente, considerando todos os seus aspectos constitucionais, procedimentos assistenciais e processos de trabalho, incluído o adequado manejo e disposição dos seus resíduos; trabalhista, com a devida atenção ao meio ambiente do trabalho e ao Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO); consumerista, no relacionamento com clientes e ambientais, com a mitigação dos efeitos danosos ao meio ambiente inerentes às suas atividades.
Fonte : Bel. Natanael Dantas Soares∗
Serguei Aily Franco de Camargo∗∗.

Advogado; especialista em Autogestão em Saúde, pela ENSP/FIOCRUZ/RJ, em Gestão de Sistemas de Saúde, pela FEPAR/PR e em Administração dos Serviços de Saúde, pela UNAERP/SP; mestrando em Direito Ambiental, pela UEA/AM; Gerente Estadual da CASSI em Sergipe; autor e educador do Curso de Negociação dos Serviços de Saúde e do Curso de Custos na Saúde e Pagamento por Pacotes; natanael@cassi.com.br.

** Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Direito Ambiental da Universidade do Estado do Amazonas, safc@uea.edu.br.

industria saudavel SESI

Sesi retoma Programa Indústria Saudável em três empresas da Capital

Na unidade da Sanesul em Campo Grande já foram entregues os diagnósticos realizados no fim do ano passado

Após atender mais de seis mil trabalhadores em indústrias de todo o Estado durante o ano passado, o Sesi está retomando o Programa Indústria Saudável em três empresas de Campo Grande. O Programa, que consiste em traçar um diagnóstico do estilo de vida dos industriários das indústrias instaladas nos municípios pólos de Mato Grosso do Sul por meio de entrevistas individuais, tem como meta estender o atendimento para dez mil trabalhadores neste ano.

De acordo com o gerente do Núcleo de Saúde Ocupacional do Sesi, Munzer Dib Safatli, este ano as atividades do Indústria Saudável foram iniciadas nas empresas Universo Íntimo Indústria e Comércio de Vestuário e na Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), onde os diagnósticos realizados no ano passado foram entregues em fevereiro, sendo que a próxima será a Zoomix Suplementação Animal, também da Capital. "Na semana passada, iniciamos a coleta de dados juntos aos funcionários da Universo Íntimo e entregamos os diagnósticos na Sanesul", informou.

Ainda conforme Munzer Safatli, na Universo Íntimo foram iniciados o diagnóstico do Programa Indústria Saudável com previsão de atendimento de 625 funcionários e o atendimento odontológico por meio da unidade móvel do Sesi. "Faremos o atendimento nos dois turnos, de manhã e à tarde. Além disso, também por meio da unidade móvel, iniciaremos no próximo dia 2 de março as consultas ginecológicas e a coleta de exame preventivo, o Papanicolau, com a ginecologista Silvana Nakazato", explicou.

Empresas
O gerente ainda informou que na Sanesul o relatório com os resultados da pesquisa do Programa Indústria Saudável, realizado com 79% dos funcionários da sede administrativa da empresa em Campo Grande, foi entregue no último dia 17 de fevereiro. "No próximo dia 2 de março iniciaremos com a nossa unidade móvel o atendimento para tratar a saúde bucal dos funcionários", ressaltou.

De acordo com o diretor presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa, o Programa Indústria Saudável poderá ser implantado nos municípios de Dourados e Corumbá. "O projeto não teve custo para empresa e nada impede que a parceria se estenda às outras unidades nossas. É só uma questão de estudo de viabilidade", informou satisfeito.

A técnica Denise Garcia de Oliveira, coordenadora do Programa Sesi Indústria Saudável, explicou que os atendimentos do Programa Indústria Saudável já estão agendados para serem realizados em todo o Estado e que as empresas interessadas podem entrar em contato, solicitando o serviço. "A próxima empresa que vamos atender com o Programa é a Zoomix Suplementação Animal", explicou.

Ela reforça que o trabalho do Programa Sesi Indústria Saudável tem cunho educativo, além das entrevistas individuais, as equipes da entidade levam às empresas folhetos informativos sobre as doenças mais comuns e como evitá-las. Também é realizada aferição da pressão arterial, identificação do índice de massa corpórea, altura, peso, glicemia e saúde bucal dos funcionários.

Serviço
As empresas interessadas em participar do Programa Sesi Indústria Saudável podem buscar mais informações pelos telefones (67) 3384-5044 ou 3384-5973.
Assessoria de Comunicação/Fiems

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Centros de Referência em Saúde do Trabalhador

Você sabia que o Ministério da Saúde mantém atualmente uma rede de 169 Centros de Referência em Saúde do Trabalhador em todo o Brasil para atender os trabalhadores dos setores formal e informal, assalariados e não remunerados, domésticos, autônomos, cooperados, temporários, servidores públicos, empregadores, aprendizes, estagiários, desempregados e aposentados?

Os Centros de Referência prestam assistência aos trabalhadores que adoecem ou se acidentam, promovem, protegem e recuperam os trabalhadores, além de investigar as condições de segurança dos ambientes de trabalho.

Política Nacional de Saúde do Trabalhador

Política Nacional de Saúde do Trabalhador


Em vigor desde 2004, a Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde visa à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mediante a execução de ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde.

Suas diretrizes, descritas na Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005, compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a estruturação da rede de informações em Saúde do Trabalhador, o apoio a estudos e pesquisas, a capacitação de recursos humanos e a participação da comunidade na gestão dessas ações.

A Renast é uma das estratégias para a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores. Ela é composta por Centros Estaduais e Regionais de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) - ao todo, até setembro de 2008, 169 unidades espalhadas por todo o País - e por uma rede de 500 serviços sentinela de média e alta complexidade capaz de diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o trabalho e de registrá-los no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET).

Os Cerest recebem recursos financeiros do Fundo Nacional da Saúde, de R$ 30 mil para serviços regionais e R$ 40 mil para as unidades estaduais, para realizar ações de prevenção, promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilância em saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vínculo empregatício e do tipo de inserção no mercado de trabalho.

Além disso, em esfera interinstitucional, o Ministério da Saúde desenvolve uma política de ação integrada com os ministérios do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, a Política Nacional sobre Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST), cujas diretrizes compreendem:

I - Ampliação das ações, visando a inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema de promoção e proteção da saúde;

II - Harmonização das normas e articulação das ações de promoção, proteção e reparação da saúde do trabalhador;

III - Precedência das ações de prevenção sobre as de reparação;

IV - Estruturação de rede integrada de informações em Saúde do Trabalhador;

V - Reestruturação da formação em Saúde do Trabalhador e em segurança no trabalho e incentivo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores responsáveis pela operacionalização da política;

VI - Promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e Saúde do Trabalhador.

a saude do trabalhador

A saúde do trabalhador


No Brasil, até 1988, a Saúde era um benefício previdenciário, um serviço comprado na forma de assistência médica ou uma ação de misericórdia oferecida à parcela da população que não tinha acesso à previdência ou recursos para pagar assistência privada. Em meados de 1970, surge o Movimento de Reforma Sanitária, propondo uma nova concepção de Saúde Pública para o conjunto da sociedade brasileira, incluindo a Saúde do Trabalhador.

Com a promulgação da Constituição da República Federativa do Brasil, em 1988, a saúde tornou-se "um direito de todos e um dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas". O texto da Carta Magna afirma que "as ações e serviços de saúde integram um rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único" e que "ao Sistema Único de Saúde compete executar as ações de saúde do trabalhador".

Em 1990, com a Lei Orgânica da Saúde (Lei Federal 8080/90), em seu artigo 6º, parágrafo 3º, regulamentou os dispositivos constitucionais sobre Saúde do Trabalhador como "um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho, abrangendo:

I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho;

II - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho;

III - participação, no âmbito de competência do Sistema Único de Saúde (SUS), da normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador;

IV - avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde;

V - informação ao trabalhador e à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidentes de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética profissional;

VI - participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas;

VII - revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho, tendo na sua elaboração a colaboração das entidades sindicais; e

VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de requerer ao órgão competente a interdição de máquina, de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho, quando houver exposição a risco iminente para a vida ou saúde dos trabalhadores".

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Capacidade produtiva do cirugião-dentista

Portaria 1101/02 - Capacidade Produtiva do CD Fique de olho

O Cirurgião Dentista, nos termos do que determina a Portaria

FIQUE DE OLHO. O Cirurgião Dentista, nos termos do que determina a Portaria GM nº 1.101, de 12 de junho de 2002, do Ministério da Saúde, está obrigado a atender apenas 03 (três pacientes por hora) tendo em vista a CAPACIDADE DE PRODUÇÃO EM CONSULTAS defina pelo Ministério da Saúde.

Em outras palavras, como a carga horária semanal do Cirurgião Dentista é de 20 horas/semana, o profissional de Odontologia está obrigado a atender 12 pacientes por dia.

Capacidade de produção, em consultas, de alguns recursos humanos na área de saúde:

Recursos Humanos Carga Horária Semanal Atendimentos
Assistente Social 30 horas 03 consultas/hora
Enfermeiro 30 horas 03 consultas/hora
Fisioterapeuta 30 horas 4,4 atendimentos/hora
Médico 20 horas 04 consultas/hora
Nutricionista 30 horas 03 consultas/hora
Odontólogo 20 horas 03 consultas/hora
Psicólogo 30 horas 03 consultas/hora
Psiquiatra 20 horas 03/consultas/hora

Os dados acima podem sofrer variações de acordo com convenções sindicais, dissídios coletivos das respectivas categorias profissionais e/ou adoção de políticas de saúde específicas, pelo gestor.

Esta informação está disponível no site www.saude.gov.br

Quem sou eu

Joinville, Santa Catarina, Brazil
Por Ricardo Toscano, Cirurgião-Dentista graduado pela Unifal, especialista em odontologia do trabalho pela UFSC, mestre em odontologia area de concentraçao em implantodontia cirurgica/protetica pelo Instituto latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontologico,reabilitador oral clinico. Responsável técnico pelo Instituto Odontologico Toscano. Notícias,ferramentas e artigos na área de Reabilitação Oral com ênfase na interdisciplinaridade e multidisciplinaridade.